O FCD é realizado com o apoio do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, do Consulado da França no Brasil e da Direção Geral das Artes em Portugal
O Festival Contemporâneo de São Paulo, dirigido por Adriana Grechi e Amaury Cacciacarro, também curadores, faz a sua 13ª edição, em formato digital, entre 3 e 15 de agosto de 2021. As atividades online têm como objetivo possibilitar um encontro, apesar da distância física, para partilhar questões urgentes à dança e às artes performativas. Toda a programação - que é gratuita e composta por vídeos documentais, palestras performativas e laboratórios de investigação artística - fica disponível por meio do site www.fcdsp.org. As inscrições para os laboratórios são efetuadas por ordem de chegada.
Para a edição atual do Festival, foram convidados coreógrafos, críticos e investigadores para orientar laboratórios voltados a partilha de processos e práticas; artistas de contextos diversos para conceber vídeos documentais a partir de seus arquivos, refletindo sobre o ambiente onde suas obras são criadas; como também os curadores Isabel Ferreira e Eduardo Bonito com o projeto Brasil Sequestrado, composto por palestras performativas.
Para atender todos os segmentos pensados para o Festival, ele foi organizado em três eixos: Lugares e Processos; Laboratórios de Investigação e Brasil Sequestrado, além de uma Conferência e Conversa. "Na impossibilidade do convívio presencial coletivo e corporificado, nos perguntamos quais seriam os encontros que poderiam ativar os afetos e como poderíamos explorar o ambiente digital para refletir, vivenciar e compartilhar processos", contam Adriana e Amaury, curadores e diretores do FCD.
"Entendemos que nestes tempos de confinamentos é urgente ativar outras formas de encontros, assim como refletir sobre os processos e os contextos que inventam a dança e as artes do corpo, expandindo a possibilidade de imaginar outros futuros", dizem os organizadores.
LUGARES E PROCESSOS
Subdividido em Lugares e Processos, este eixo é composto por vídeos documentais. Em Lugares, artistas apresentam seus interesses em arte e dança por meio dos locais onde vivem. Esses vídeos possibilitam que o público se desloque virtualmente em direção a outros lugares por meio de viagens conduzidas pelo olhar de um artista do corpo para a arte presente no seu cotidiano.
Em Processos, os artistas de diferentes contextos e formações comentam sobre seus processos criativos e selecionam trechos dos trabalhos considerados significativos em suas trajetórias, compartilhando com o público referências, motivações, afetos, escolhas e práticas envolvidas na criação deles.
LABORATÓRIOS DE INVESTIGAÇÃO
Essas atividades são compostas por atividades voltadas à partilha de processos, questões, motivações, estudos e práticas com artistas, investigadores e críticos de dança.
Para se inscrever, basta preencher os formulários de inscrição já disponíveis no site www.fcdsp.org, onde encontrará também informações detalhadas sobre cada laboratório.
BRASIL SEQUESTRADO
O eixo Brasil Sequestrado é a continuidade de um projeto de dois curadores residentes em Madri - Eduardo Bonito e Isabel Ferreira - que convidaram artistas de diferentes regiões para criarem palestras performáticas que expõem a situação atual do Brasil a partir dos seus pontos de vista e com uma abordagem voltada para questões como a crise cultural, social e política enfrentada pelo país. O programa de palestras performativas do Brasil Sequestrado foi composto especialmente para o FCD e gera contextos de debate e visibilidade em torno do que ocorre no país.
Inicialmente, o projeto foi criado pelos curadores para o Festival Grec de Barcelona em julho de 2020 e, durante agosto e setembro do mesmo ano, foi apresentado em vários outros contextos da Europa, como Festival de la Cité de Lausanne (Suíça), Festival La Batie (Genebra, Suíça), Zuercher Theater Spektakel (Zurich - Suíça), Tanz im August (Berlim) e FIT - Festival Iberoamericano de Cádiz (Espanha).
"Os vídeos do projeto Brasil Sequestrado são co-patrocinados pelo governo da Espanha e por diversos festivais da Europa com o objetivo de dar visibilidade sobre a situação atual do nosso país", conta Amaury, reforçando que essas ações já ocorrem com frequência na Europa, mas que chegam ao Brasil pela primeira vez representadas pelo FCD.
+ CONFERÊNCIA E CONVERSA
Conferência “Coleção de Pessoas” com a performer e criadora portuguesa Raquel André, seguida de conversa com o crítico Ruy Filho.
Os projetos da artista são focados na interação e encontro com a população local. A partir de encontros um para um, Raquel faz espetáculos, performances, conferências, livros e exposições para criar um arquivo do efémero. Raquel foi artista da APAP Performing Europe (www.apapnet.eu) entre 2017-20, o que lhe deu o entusiasmo e a capacidade de colaborar e trabalhar intensamente no contexto internacional. O seu trabalho tem sido apresentado em vários países da Europa, América do Sul e do Norte.
Programação:
LUGARES E PROCESSOS
3 a 15 de agosto, disponíveis em tempo integral
WAGNER SCHWARTZ - E então ele decidiu retirar o excesso de melancolia da frente do
uturo
SHEILA RIBEIRO - Nem National Nem Geographic
CRISTIAN DUARTE - : play <
T. ANGEL - Entre Frestas
9 a 15 de agosto, disponíveis em tempo integral
LAURENT GOLDRING - Diálogo com “La Bête” de Wagner Schwartz
PEDRO GALIZA - existe algo que ainda me acontece agora
NACERA BELAZA – Obras comentadas: “Sur le Fil” e “Le Cri”
MIGUEL PEREIRA – Era um peito só cheio de promessas
LABORATÓRIOS DE INVESTIGAÇÃO
3, 4 e 5 de agosto, das 10h às 13h, por Zoom
CRISTIAN DUARTE - laboratório
6 e 7 de agosto das 10h às 13h, por Zoom
ELISABETE FINGER - Introdução às Práticas de Encantamento e Erotismo da Matéria
11 e 12 de agosto, das 14h30 às 16h30, por Zoom
HELENA KATZ - Corpo e telas: o que fazer com o que a gente (não) sabe (?)
13, 14 e 15 de agosto das 15h às 18h, por Zoom
LEANDRO DE SOUZA - Dramaturgia Emaranhada
BRASIL SEQUESTRADO
4 a 15 de agosto, disponíveis em tempo integral
Sessão 1: Calixto Neto - Profuturo Quilombo, Zahy Guajajara - Pytuhem - Carta em defesa dos guardiões da floresta e conversa entre artistas e curadores.
7 a 15 de agosto, disponíveis em tempo integral
Sessão 2: Wellington Gadelha – Assombro, Alice Ripoll/Cia Rec - Sobre perguntas, vergonhas e cicatrizes e conversa entre artistas e curadores.
10 a 15 de agosto, disponíveis em tempo integral
Sessão 3: Uýra Sodoma – Manaus, uma cidade na aldeia e Morfose, Ricardo Marinelli - Cuidado com aquele bizarra e conversa entre artistas e curadores.
+ CONFERÊNCIA E CONVERSA
8 de agosto, das 17h às 19h
RAQUEL ANDRÉ E RUY FILHO – Coleção de Pessoas
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